É com algum pesar que tenho assistido àquilo a que em português do brasil chamam um “enxugamento” grande dos executivos, e a uma taxa de desemprego crescente a este nível (C-Level), alguns com planos para sair do país, muitos deles para Portugal.
O Brasil é um país de extremos em vários domínios, da riqueza à educação, das políticas conservadoras e protecionistas à cultura alegre e acolhedora do seu povo.
São muitos os entraves ao investimento estrangeiro neste país, desde os riscos sociais, económicos e cambiais – que numa crise política sem precedentes são muito difíceis de estimar – ao regime fiscal que é absolutamente inqualificável. Mesmo para nós, portugueses, em que o idioma é o mesmo (pese embora algumas diferenças assustadoras), em que a cultura é muito similar, e em que somos muito bem-recebidos e acarinhados (as piadas que contam sobre os portugueses não refletem a consideração que na maioria dos casos sentem por nós), não é fácil conseguir triunfar neste mercado.
É um país habituado a viver em crise e atravessa hoje uma das maiores de sempre. É verdade que tem uma economia muito peculiar com taxas de juro e de inflação gigantes, mas neste momento parece mais uma crise política que económica, já que os últimos números continuam positivos.
Do ponto de vista económico, aparentemente o futuro não se vislumbra tão assustador. Os resultados apontam para uma retoma e o Banco Central melhorou a previsão para o índice que mede o custo de vida no Brasil. Está mais otimista com a inflação e com a economia em 2017. Projetou um crescimento de 0,5% para este ano e um Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) abaixo de 4%. E para 2018, a instituição prevê uma inflação entre 3,9% e 4,5%.
O que significa que o mercado se descolou claramente da crise política e tem conseguido criar o seu caminho. O índice bolsista atinge valores próximos dos máximos históricos.
Ainda assim, algumas (poucas) empresas fecharam, as outras têm apostado em reorganizar-se quer no que respeita a processos e tecnologia, quer a pessoas.
É com algum pesar que tenho assistido àquilo a que em português do brasil chamam um “enxugamento” grande dos executivos, e a uma taxa de desemprego crescente a este nível (C-Level), alguns com planos para sair do país, muitos deles para Portugal.
O impacto destas perdas será, em minha opinião, significativo já que há poucos anos a falta de executivos de topo e de profissionais qualificados era apontada como uma das grandes lacunas do país, razão pela qual assistimos à importação em massa dessa capacidade intelectual, vários inclusive oriundos de Portugal.
Há igualmente uma tendência crescente em otimizar processos e tecnologia, em investir em automação e na externalização (terceirização como lhe chamam os nossos irmãos) de processos, pessoas, tecnologia e até da inteligência.
De facto, algumas das grandes empresas brasileiras estão a subcontratar o resultado, deixando o ónus da produtividade e da melhoria contínua do lado do outsourcer – um pouco à semelhança do que se está a fazer por esse mundo fora – sobretudo porque é hoje possível “terceirizar” inteligência artificial e incluir nos processos do dia-a-dia sistemas que através de regras de negócio, potenciados por uma capacidade para aprender e evoluir sem precedentes, são concebidos e calibrados para otimizar os resultados esperados
Tenho tido oportunidade de conhecer e inclusive participar em projetos muito avançados neste domínio, desde soluções de automação e inteligência artificial para integrar diferentes canais de contacto com o cliente (num paradigma omni channel), robots de cobrança com autonomia para renegociar a dívida, bem como projetos bem sucedidos de chatbots, numa área onde existem dezenas de empresas brasileiras com muita competência.
Em todo o caso, é minha convicção que nós portugueses conseguimos marcar a diferença em algumas destas áreas. E se é certo que as barreiras à entrada são gigantes, sobretudo no que respeita a questões processuais como exportar, criar uma empresa, conseguir um visto de trabalho ou até abrir uma conta bancária, também não é menos verdade que a maioria dos executivos brasileiros são excelentes profissionais, muito abertos à inovação e a projetos fáceis de testar, de retorno rápido e evidente.
É minha convicção que o resultado da exportação da nossa inteligência pessoal ou artificial é neste país/continente proporcional à dimensão do mercado e das suas empresas, da nossa satisfação, realização e remuneração.
O sucesso é conseguido normalmente fora da zona de conforto!
É com algum pesar que tenho assistido àquilo a que em português do brasil chamam um “enxugamento” grande dos executivos, e a uma taxa de desemprego crescente a este nível (C-Level), alguns com planos para sair do país, muitos deles para Portugal.
O Brasil é um país de extremos em vários domínios, da riqueza à educação, das políticas conservadoras e protecionistas à cultura alegre e acolhedora do seu povo.
São muitos os entraves ao investimento estrangeiro neste país, desde os riscos sociais, económicos e cambiais – que numa crise política sem precedentes são muito difíceis de estimar – ao regime fiscal que é absolutamente inqualificável. Mesmo para nós, portugueses, em que o idioma é o mesmo (pese embora algumas diferenças assustadoras), em que a cultura é muito similar, e em que somos muito bem-recebidos e acarinhados (as piadas que contam sobre os portugueses não refletem a consideração que na maioria dos casos sentem por nós), não é fácil conseguir triunfar neste mercado.
É um país habituado a viver em crise e atravessa hoje uma das maiores de sempre. É verdade que tem uma economia muito peculiar com taxas de juro e de inflação gigantes, mas neste momento parece mais uma crise política que económica, já que os últimos números continuam positivos.
Do ponto de vista económico, aparentemente o futuro não se vislumbra tão assustador. Os resultados apontam para uma retoma e o Banco Central melhorou a previsão para o índice que mede o custo de vida no Brasil. Está mais otimista com a inflação e com a economia em 2017. Projetou um crescimento de 0,5% para este ano e um Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) abaixo de 4%. E para 2018, a instituição prevê uma inflação entre 3,9% e 4,5%.
O que significa que o mercado se descolou claramente da crise política e tem conseguido criar o seu caminho. O índice bolsista atinge valores próximos dos máximos históricos.
Ainda assim, algumas (poucas) empresas fecharam, as outras têm apostado em reorganizar-se quer no que respeita a processos e tecnologia, quer a pessoas.
É com algum pesar que tenho assistido àquilo a que em português do brasil chamam um “enxugamento” grande dos executivos, e a uma taxa de desemprego crescente a este nível (C-Level), alguns com planos para sair do país, muitos deles para Portugal.
O impacto destas perdas será, em minha opinião, significativo já que há poucos anos a falta de executivos de topo e de profissionais qualificados era apontada como uma das grandes lacunas do país, razão pela qual assistimos à importação em massa dessa capacidade intelectual, vários inclusive oriundos de Portugal.
Há igualmente uma tendência crescente em otimizar processos e tecnologia, em investir em automação e na externalização (terceirização como lhe chamam os nossos irmãos) de processos, pessoas, tecnologia e até da inteligência.
De facto, algumas das grandes empresas brasileiras estão a subcontratar o resultado, deixando o ónus da produtividade e da melhoria contínua do lado do outsourcer – um pouco à semelhança do que se está a fazer por esse mundo fora – sobretudo porque é hoje possível “terceirizar” inteligência artificial e incluir nos processos do dia-a-dia sistemas que através de regras de negócio, potenciados por uma capacidade para aprender e evoluir sem precedentes, são concebidos e calibrados para otimizar os resultados esperados
Tenho tido oportunidade de conhecer e inclusive participar em projetos muito avançados neste domínio, desde soluções de automação e inteligência artificial para integrar diferentes canais de contacto com o cliente (num paradigma omni channel), robots de cobrança com autonomia para renegociar a dívida, bem como projetos bem sucedidos de chatbots, numa área onde existem dezenas de empresas brasileiras com muita competência.
Em todo o caso, é minha convicção que nós portugueses conseguimos marcar a diferença em algumas destas áreas. E se é certo que as barreiras à entrada são gigantes, sobretudo no que respeita a questões processuais como exportar, criar uma empresa, conseguir um visto de trabalho ou até abrir uma conta bancária, também não é menos verdade que a maioria dos executivos brasileiros são excelentes profissionais, muito abertos à inovação e a projetos fáceis de testar, de retorno rápido e evidente.
É minha convicção que o resultado da exportação da nossa inteligência pessoal ou artificial é neste país/continente proporcional à dimensão do mercado e das suas empresas, da nossa satisfação, realização e remuneração.
O sucesso é conseguido normalmente fora da zona de conforto!